Histórias de tornozelos
Como estão todos? De pé, eu espero. rsrs
Chega até nós o e-mail do Eric, de Uberlândia, contando-nos a sua história sobre fratura por estresse (é esse seu caso? quem sabe vc se identifica...)
Segue a história:
" Olá Eduardo!
Meu nome é Eric, sou de Uberlândia/MG, acabo de ler (na íntegra) o seu blog e tenho algumas coisas para lhe contar...
Há mais ou menos um ano (tenho hj 26 anos) comecei a praticar corrida, corrida de esteira e de rua. Nada muito puxado...
Há um mês, quando voltei da corrida em um sábado pela manhã, senti uma dor acima da bolinha do tornozelo, área lateral, perna esquerda.Deixei de correr por 7 dias e, no sábado seguinte, senti moderado desconforto ao correr. Ao retornar para casa, comecei a sentir uma dor bem mais forte, principalmente quando pisava com o pé (desculpa o pleonasmo, muito vicioso). Quando dei por mim, estava mancando e com muita dor local.
Fui em um hospital traumatológico, no pronto-atendimento, e o médico (ortopedista e traumatologista), submeteu-me a um raio-x, nao detectando nada. Pediu para eu tomar, por sete dias um anti-inflamatório (está novaortograficamente correto?!) e ficar 10 dias sem correr. Assim procedi. Nao adiantou nada. A dor persistiu e, por isso, procurei, nesta terça-feira, um médico ortopedista especialista em pé e tornozelo. Ele me pediu uma Ressonancia Magnética.
Ainda nao sei como, se foi sorte, benção divina, nao sei... consegui, em menos de 24 horas, autorização do meu plano de saúde para fazer a RM (o prazo normal para liberação costuma ser de no mínimo dois dias). Sorte (ou benção) maior foi também conseguir agendar a RM para o mesmo dia (quarta-feira), as 9h30m da noite (fui o último a air da clínica!). Sorte ainda maior foi --- não, peraí, agora nao acredito mais em sorte, foi benção mesmo! ---- foi conseguir que o médico/técnico da RM me entregasse o resultado do exame no dia seguinte, as 11h (sendo que o prazo normal é de no mínimo dois dias!).
Sou uma pessoa muito ansiosa, que gosta de resolver problemas da forma mais curta/rápida possível. Nesse sentido (pelo menos nesse sentido) fui favorecido, até aqui.
Pois bem. Resultado buscado. Retorno com o ortopedista agendado para ontem, às 16h. Diagnóstico: Fratura na fíbula por estresse. "-Como assim????, sei que sou meio estressado..., mas segundo o meu pobre acervo de conhecimentos na área de saude, o estresse afeta a pressão, o coração, a mente... mas comigo ele resolveu descontar no pé?!".
Ainda bem que, antes que houvesse tempo de externar verbalmente esse meu ridículo pensamento (meu pé tava doendo, pô, não se exige pensamentos claros de quem tá com dor), o médico, percebendo minha confusão íntima, esclareceu que se tratava de microfraturas sofridas constantemente (daí o nome estresse) durante um certo período de tempo, por sobrecarga excessiva (a corrida!...) A cada "estresse" (no meu caso, a cada pisada/passada), abria-se um novo microtrauma, aumentando a fratura progressivamente.
"-Entendi..."
Cada um reage de uma forma, diante do médico, quando recebe um diagnóstico. Eu preciso de tempo para refletir naquilo que me dizem. Fico assim meio sem palavras, atônito. Ainda mais quando se acaba de ouvir um diagnóstico confirmativo de lesão. Ainda mais estando chocado após ouvir essa expressao - fratura por estresse -palavras tão pesadas aos meus ouvidos abalados pela dor no tornozelo. Sim, a dor abala nossos sentidos. Cada palavra do médico soava tão alto, repressivo, condenatório...
Enquanto ele guardava meus exames da RM naquele gigantesco envelope, arrisquei um chocado -E agora?
"-Você tem que usar uma bota robofoot por 6 semanas, para cicatrizar as lesões. Depois volta aqui pra gente vê como está".
Para ele, simples como dizer a um aluno: faça uma redação de 10 linhas e traga amanhã para eu ver se está bom.
Para mim, uma sentença cujas implicações ainda sao sabia quais seriam. O que significa ter que usar uma bota roboffot? O que é isso? É tipo uma meia?
Não, nao era... (continua abaixo)
Chega até nós o e-mail do Eric, de Uberlândia, contando-nos a sua história sobre fratura por estresse (é esse seu caso? quem sabe vc se identifica...)
Segue a história:
" Olá Eduardo!
Meu nome é Eric, sou de Uberlândia/MG, acabo de ler (na íntegra) o seu blog e tenho algumas coisas para lhe contar...
Há mais ou menos um ano (tenho hj 26 anos) comecei a praticar corrida, corrida de esteira e de rua. Nada muito puxado...
Há um mês, quando voltei da corrida em um sábado pela manhã, senti uma dor acima da bolinha do tornozelo, área lateral, perna esquerda.Deixei de correr por 7 dias e, no sábado seguinte, senti moderado desconforto ao correr. Ao retornar para casa, comecei a sentir uma dor bem mais forte, principalmente quando pisava com o pé (desculpa o pleonasmo, muito vicioso). Quando dei por mim, estava mancando e com muita dor local.
Fui em um hospital traumatológico, no pronto-atendimento, e o médico (ortopedista e traumatologista), submeteu-me a um raio-x, nao detectando nada. Pediu para eu tomar, por sete dias um anti-inflamatório (está novaortograficamente correto?!) e ficar 10 dias sem correr. Assim procedi. Nao adiantou nada. A dor persistiu e, por isso, procurei, nesta terça-feira, um médico ortopedista especialista em pé e tornozelo. Ele me pediu uma Ressonancia Magnética.
Ainda nao sei como, se foi sorte, benção divina, nao sei... consegui, em menos de 24 horas, autorização do meu plano de saúde para fazer a RM (o prazo normal para liberação costuma ser de no mínimo dois dias). Sorte (ou benção) maior foi também conseguir agendar a RM para o mesmo dia (quarta-feira), as 9h30m da noite (fui o último a air da clínica!). Sorte ainda maior foi --- não, peraí, agora nao acredito mais em sorte, foi benção mesmo! ---- foi conseguir que o médico/técnico da RM me entregasse o resultado do exame no dia seguinte, as 11h (sendo que o prazo normal é de no mínimo dois dias!).
Sou uma pessoa muito ansiosa, que gosta de resolver problemas da forma mais curta/rápida possível. Nesse sentido (pelo menos nesse sentido) fui favorecido, até aqui.
Pois bem. Resultado buscado. Retorno com o ortopedista agendado para ontem, às 16h. Diagnóstico: Fratura na fíbula por estresse. "-Como assim????, sei que sou meio estressado..., mas segundo o meu pobre acervo de conhecimentos na área de saude, o estresse afeta a pressão, o coração, a mente... mas comigo ele resolveu descontar no pé?!".
Ainda bem que, antes que houvesse tempo de externar verbalmente esse meu ridículo pensamento (meu pé tava doendo, pô, não se exige pensamentos claros de quem tá com dor), o médico, percebendo minha confusão íntima, esclareceu que se tratava de microfraturas sofridas constantemente (daí o nome estresse) durante um certo período de tempo, por sobrecarga excessiva (a corrida!...) A cada "estresse" (no meu caso, a cada pisada/passada), abria-se um novo microtrauma, aumentando a fratura progressivamente.
"-Entendi..."
Cada um reage de uma forma, diante do médico, quando recebe um diagnóstico. Eu preciso de tempo para refletir naquilo que me dizem. Fico assim meio sem palavras, atônito. Ainda mais quando se acaba de ouvir um diagnóstico confirmativo de lesão. Ainda mais estando chocado após ouvir essa expressao - fratura por estresse -palavras tão pesadas aos meus ouvidos abalados pela dor no tornozelo. Sim, a dor abala nossos sentidos. Cada palavra do médico soava tão alto, repressivo, condenatório...
Enquanto ele guardava meus exames da RM naquele gigantesco envelope, arrisquei um chocado -E agora?
"-Você tem que usar uma bota robofoot por 6 semanas, para cicatrizar as lesões. Depois volta aqui pra gente vê como está".
Para ele, simples como dizer a um aluno: faça uma redação de 10 linhas e traga amanhã para eu ver se está bom.
Para mim, uma sentença cujas implicações ainda sao sabia quais seriam. O que significa ter que usar uma bota roboffot? O que é isso? É tipo uma meia?
Não, nao era... (continua abaixo)
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