Sweet September

Doce setembro. Nem se foi e vai deixando saudades. Foi um mês de muito trabalho e precisei muito do tornozelo pois visitei muitos clientes, bati muita perna, como se diz.
Eu acho curioso que a gente não percebe como uma coisa é importante até que você a perca. O fumante não liga muito para o pulmão. Em geral é a última coisa que pensa quando quer parar de fumar. O motivo maior é o bafo, o cheiro e a falta de aceitação na nossa sociedade moderna de fumantes aqui e acolá. Uma questão de vaidade enfim.

Não ligamos muito para o cabelo até que ele comece a cair.
Não ligamos muito em comer no Macdonald´s até ganhar uma gastrite.
Não ligamos muito para nossas mãos, mas como fazer um blog sem coordenação dos dedos? É possível mas bem mais difícil.
Não ligamos muito para a visão, é como se ela estivesse sempre lá e sempre deverá estar, é a obrigação dela, mas a verdade é que nunca saberemos o futuro. Acho que dentre todas os meus medos, o maior é o de não enxergar.
Não ligamos para o joelho, o tornozelo até que eles comecem a reclamar, a "bater pino".

Também não sei até que ponto devemos nos empenhar para essas coisas todas. De domingo para segunda assisti "De frente com Gabi" e a Marilia Gabriela estava entrevistando o Marcelo Tas. Ele contou que fez escola militar e que a disciplina da escola militar o deixou mais regrado, mais comedido em tudo o que faz. No trabalho, na vida e no cuidado com o corpo.

Achei curioso ele comentar que é necessário disciplina para manter o corpo em dia. Saudável. Parece óbvio, mas quem realmente tem essa disciplina de cuidar do próprio corpo da mesma forma que cuida do trabalho? São poucos.

Enfim, como dizia Sidarta, o importante é procurar o caminho do meio, nem largar, relaxar totalmente com o próprio corpo, mas também não exagerar e colocar esses cuidados como tópico principal de sua vida. A não ser é claro, que você esteja em plena recuperação, em fisioterapia, dai sim, claro, a prioridade é retomar a saúde.

Mas em geral um cuidado razoável, não exagerado, com o cuidado ao nosso corpo e à nossa saúde parece ser um bom "caminho do meio". Sidarta dizia que a corda de um violão não deve estar frouxa demais a ponto de não tocar e nem esticada demais a ponto de arrebentar. Deve estar afinada. Assim devemos levar os assuntos da nossa vida, inclusive os relacionados ao nosso corpo.

Mas vai indo embora setembro e com ele os dias gelados, o chocolate quente, o cobertor, os dias ensolarados com certo vento cortante. Vem chegando dezembro e a fornalha que é o verão e seus dias. Dias de não se saber nem o que vestir tal é o calor. Qualquer dia desses de verão, vou de bermudão e camisa trabalhar, porque país tropical que somos, não justifica roupas pesadas e ainda menos gravata.

Setembro se vai, outubro vem chegando, e eu recomendo a leitura de um conto chamado "A vez de Outubro" de Neil Gailman, um dos pais do filme Matrix (ou do seu conceito). O livro se chama "Coisas frágeis" e esse conto ganhou o prêmio Locus de melhor conto em 2003. É uma maravilhosa leitura.

Algum pessimista vai dizer "se vai tarde".

Mas olho no retrovisor, respiro o pouco do frio que vai restando nesses dias e fico com a sensação de dever cumprido. De trabalho bem trabalhado, de comemorações e alegrias. Olho pra frente com a sensação de que tudo ainda está por acontecer. Coisas boas. Desejo isso para você também.

Ah! Marcelo Tas ao final da entrevista contou que é preciso coragem. Coragem pra enfrentar os inúmeros desafios da vida. Concordo.

Então aqui fica:

Paciência, Coragem e Força!
Até Breve...

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